Não havia nenhum estudo que demonstrasse a eficácia da RO-DBT em pessoas com o transtorno do espectro autista, o que motivou os autores desse artigo a realizarem esse estudo que demonstrou uma melhora do sofrimento global após a realização do grupo de habilidades da RO-DBT. A pesquisa foi realizada com 48 pacientes, dos quais 23 tinham TEA, destes os que terminaram o tratamento obtiveram resultados significativamente melhores do que pessoas sem TEA.
No modelo da RO-DBT padrão há sessões individuais regulares concomitantes com o grupo de habilidades, mas não foram possíveis por terem poucos recursos disponíveis, assim foi realizado apenas o grupo de habilidades por 30 semanas. No qual os participantes são encorajados a serem mais desinibidos, não planejar as interações e expressarem mais as suas emoções.
Os participantes com TEA apresentaram melhora clinicamente confiável e melhores resultados em comparação com os indivíduos sem TEA em relação ao funcionamento e a percepção de recuperação. Muitos participantes com essa condição foram capazes de aprender sinalização social através do grupo e deram um feedback positivo.
RO-DBT é um tratamento para controle excessivo mal adaptativo, o que caracteriza muitos indivíduos que estão no espectro autista, por isso a importância de demonstrar que esse tratamento é eficaz para essa condição.
Entre as limitações do estudo estão não ter sido um estudo controlado, ter sido realizado apenas com uma população branca, além do tamanho da amostra ser pequeno. Nesse sentido, é importante que pesquisas futuras realizarem um ensaio clínico randomizado, façam um acompanhamento após o término do programa e verifiquem se os participantes estão em outros tratamentos adicionais.