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Resumo do artigo “Radically Open-Dialetical Behavior Therapy for Disorders of Over-Control: Signaling Matters ( Lynch; Hempel; Dunkley, 2015)”

Imagem por Mikołaj via Unsplash.

A RO-DBT visa o autocontrole excessivo. Este é associado ao isolamento social, relacionamentos sociais distantes e à rigidez cognitiva. A solidão emocional é secundária á baixa abertura e déficits de sinalização social que é o problema central do excesso de controle.

A RO-DBT está apoiada por 20 anos de pesquisa translacional, incluindo 2 ensaios controlados randomizados visando depressão refratária e transtornos de personalidade tipicamente supercontrolados, dois ensaios abertos com anorexia nervosa, um estudo não randomizado usando apenas habilidades de RO-DBT para tratamento de adultos com perfil supercontrolado e um grande ECR multicêntrico em andamento visando depressão refratária e transtorno de personalidade com perfil supercontrolado.

Um dos objetivos da RO-DBT é diminuir o autocontrole e aumentar a abertura. As pessoas supercontroladas tendem a olhar mais para as coisas que não estão no lugar, por exemplo verão que um tijolo está desalinhado por possuírem muito foco em detalhes, então possuem uma dificuldade de olhar as coisas de maneira global.

As pessoas supercontroladas em geral possuem comportamentos avessos ao risco, visto que não querem errar. Costumam mascarar sentimentos internos, o que muitas vezes faz com que as pessoas as vejam como incongruentes e acabem se afastando.

O terapeuta precisa ser um modelo para os integrantes do grupo, ele precisa praticar a abertura radical e a autoinvestigação a fim de poder ensinar isso aos outros, é preciso vivenciar. Não há como o terapeuta ensinar para as pessoas sem antes ter vivenciado e passado pelas dificuldades do processo.

Assim, o foco no tratamento é diminuir o excesso de controle comportamental grave, a solidão emocional e o distanciamento.

As metas de tratamento na Ro-DBT piorizam comportamentos de sinalizaçãoo social mal-adaptativos a fim de diminuir a solidão emocional.

Os alvos de tratamento RO-DBt são organizados de acordo com uma hierarquia de importância:

  1. Reduzir comportamentos de risco de vida;
  2.  Reparar rupturas de alianças;
  3. Reduzir déficits de sinalização social de OC.

Rupturas de aliança nao são considerados problemas, e sim oportunidades para aprender que o conflito melhora a intimidade. Aprender a expresar sentimentos internos, mesmo os desagradáveis, pois faz parte de criar intimidade.

A abertura radical envolve uma auto-indagação intencional e o cultivo de uma dúvida saudável sobre si mesmo, desafia nosso percepção sobre a realidade. É fundamental saber que você nao sabe tudo e ninguém mais sabe.

A prática da abertura radical envolve três etapas

  1. Reconhecimento de estímulos ambientais que são desconfirmantes;
  2.  Se perguntar se há allgo ali para aprender;
  3. Responder com flexibilidade, reconhecer que o que é eficaz para você pode ser diferente para os outros, lutar por perfeição mas parar quando tiver atrapalhando nos relacionamentos.

É importante o conceito de mente flexivel, estar aberto á mudanca para aprender. Não sabemos tudo, por isso cometeremos erros. Para que possamos aprender com nossos erros precisamos prestar atenção neles. Dessa forma, conclui-se que RO-DBT é um tratamento transdiagnóstico que visa atuar no supercontrole. Considera-se que o bem estar das pessoas requer receptividade e abertura a mudanças. Assim, pessoas bem adaptadas são capazes de estarem abertas a feedbacks que não confirmam a sua percepção.

Escrito por Lorena Araújo

Estagiária CAAESM e RO-DBT Brasil.

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