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Terapia Comportamental Dialética Radicalmente Aberta (RO-DBT): princípios e indicações

A Terapia Comportamental Dialética Radicalmente Aberta (RO-DBT) é um modelo de terapia desenvolvido para pessoas que sofrem com supercontrole, que apresentam um nível de autocontrole que interfere em sua capacidade de funcionar de forma efetiva, conectar-se com os outros e ser flexível quando necessário. A RO-DBT apresenta quadro modos: terapia individual, classe de habilidades, coaching telefônico (quando necessário) e consultoria para terapeutas.

A RO DBT é especialmente eficaz para transtornos como anorexia nervosa, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), ansiedade e depressão refratárias e transtornos de personalidade cluster A e C.

O que é RO-DBT?

A RO-DBT vêm sendo desenvolvida por Thomas R. Lynch há mais de 20 anos, sendo considerada uma intervenção transdiagnóstica para transtornos do supercontrole. A RO-DBT é o único modelo de psicoterapia que tem foco na sinalização social como ingrediente de mudança, pois busca ensinar o cliente sobre como usar e a reagir a pistas sociais não verbais.

Existem três conceitos centrais que orientam o tratamento em RO DBT:

  •  Receptividade e abertura a novas situações e experiências: ser capaz de experimentar coisas novas e aprender com o feedback e as experiências que se tem.
  • Flexibilidade: representando uma capacidade de se adaptar a situações de mudança.
  • Conectividade social e na intimidade.

O que é Supercontrole?

Definimos supercontrole  quando uma pessoa exibe um nível de autocontrole que limita sua capacidade de aproveitar a vida, ser flexível quando necessário e se conectar com os outros de maneira significativa. Isso inclui:

  • Alta capacidade de não agir em um impulso
  • Alta atenção aos detalhes
  • Baixa tolerância ao risco
  • Dificuldade em expressar emoções
  • Perfeccionismo
  • Alta tolerância ao sofrimento

RO DBT teoriza que o supercontrole é resultado tanto de fatores biológicos no indivíduo, quanto da influência do ambiente e da cultura. As pessoas que exibem supercontrole também podem lutar para formar laços sociais significativos devido à sua inflexibilidade, bem como à tendência de mascarar e conter emoções.

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Escrito por Juliana Massapust

Doutora em Neurociências pela UFF. Psicóloga pela UFRJ. Certificação em Terapia Comportamental Dialética (Behavioral Tech) e em Terapia Comportamental Dialética Radicalmente Aberta (Radically Open) e Treinamento de Habilidades em DBT (Vincular). Gestora da RO DBT Brasil. Aperfeiçoamento em Terapias Contextuais, Formação em Terapias Contextuais, em Transtornos Alimentares e Obesidade e Terapia Cognitivo Sexual.

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