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O poder da expressão neutra…atenção a “cara de paisagem”!

Quando você não mostra muito – ninguém também vai saber muito!
A expressão facial neutra, muitas vezes referida como “flat face” devido à sua falta de expressividade emocional visível, desempenha um papel significativo na sinalização social e na interação com outros. É uma sinalização social muito comum dos supercontrolados.

A expressão facial neutra pode transmitir uma sensação de seriedade ou indiferença, podendo afastar as pessoas ou gerar uma atmosfera de distanciamento. Além disso, é importante destacar que a falta de expressividade emocional pode dificultar a compreensão das emoções e intenções de uma pessoa, o que pode levar a mal-entendidos e dificuldades de comunicação. Por outro lado, essa expressão também pode ser interpretada como um sinal de controle emocional e confiança, transmitindo uma imagem de serenidade e estabilidade. No entanto, é essencial lembrar que a interpretação da expressão facial neutra pode variar de acordo com o contexto e as características individuais das pessoas envolvidas na interação.

Apesar de sua aparente simplicidade, essa expressão pode ter múltiplos impactos, variando conforme o contexto social, as expectativas culturais e a percepção individual. Vamos explorar alguns desses efeitos:

Impacto na Sinalização Social

Ambiguidade: A expressão facial neutra pode ser ambígua, deixando os outros incertos sobre os sentimentos ou intenções da pessoa. Isso pode gerar curiosidade ou, em alguns casos, desconforto, pois as pessoas tendem a buscar pistas visuais para entender melhor os outros em interações sociais.

Percepção de Desinteresse ou Distanciamento: Uma expressão neutra pode ser interpretada como falta de interesse ou envolvimento na conversa ou situação. Isso pode afetar a dinâmica da interação, fazendo com que o interlocutor se sinta menos inclinado a compartilhar ou se envolver profundamente.

Impacto na Interação com o Outro

Dificuldades na Leitura Emocional: A expressão neutra pode dificultar para os outros lerem emoções e reagirem adequadamente, o que pode afetar a qualidade da comunicação e da empatia. Isso é particularmente relevante em contextos onde a expressão emocional é esperada ou necessária para a construção de relacionamentos, como na amizade ou nas relações familiares.

Na RO DBT, trabalhar a “flat face” envolve várias estratégias e técnicas focadas em promover maior expressividade emocional e flexibilidade, bem como em melhorar a comunicação não verbal.

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Escrito por Juliana Massapust

Doutora em Neurociências pela UFF. Psicóloga pela UFRJ. Certificação em Terapia Comportamental Dialética (Behavioral Tech) e em Terapia Comportamental Dialética Radicalmente Aberta (Radically Open) e Treinamento de Habilidades em DBT (Vincular). Gestora da RO DBT Brasil. Aperfeiçoamento em Terapias Contextuais, Formação em Terapias Contextuais, em Transtornos Alimentares e Obesidade e Terapia Cognitivo Sexual.

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